Moçambique Norte: novas comunidades Metodistas Unidas são plantadas

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Palavras Chaves:

  • Nos últimos tempos, a população de Moçambique sofre com a guerra e desastres naturais, contudo metodistas não deixam de pregar a palavra e levar avante o evangelho de Cristo.
  • Os paroquianos da Beira receberam com grande júbilo o anúncio da multiplicação definitiva da paróquia.
  • Cada dia, cada domingo o cenário daqueles que vem ao encontro do Senhor é surpreendente e encorajador.
  • As pessoas na região precisam de todo o tipo de apoio: material, psicológico, emocional e espiritual.

A Metodista Unida no Norte do Save, tem estado a enfrentar desafios de origem natural e humana. Os conflitos armados e os desastres naturais têm fustigado aquela parte do país, retardando desse modo o desenvolvimento socioeconómico das populações. A igreja está implantada nas 7 províncias do país, com oito distritos eclesiásticos a funcionarem em pleno e 49 congregações onde vivem cerca de 20 mil fiéis. Porém, apesar dos inúmeros desafios acima expostos, a missão da Igreja nunca parou.

“Nos últimos tempos, temos estado a sofrer com a guerra e desastres naturais, contudo não deixamos de pregar a palavra e levar avante o evangelho de Cristo,” disse Alfredo Ngotine, membro da paróquia da Beira, falando no primeiro culto depois da divisão do Cargo Pastoral da Beira, no dia 21 de novembro.

“Com o crescimento da nossa comunidade, viu-se necessário a sua divisão em dois, ficando agora a paróquia mãe (Beira 1) com 620 membros e a Beira 2 com 610,” explicou Ngotine.

A divisão do Cargo Pastoral da Beira em dois, é na verdade fruto do crescimento quantitativo e qualitativo que resultou do trabalho dedicado dos membros em coordenação com os pastores que por ali serviram ou que servem até hoje.

“Os paroquianos receberam com grande júbilo o anúncio da separação definitiva da paróquia, ... pois muitas vezes, a capela não conseguia responder a demanda dos crentes, o que obrigava de certo alguns crentes a assistirem os cultos em pé do princípio até ao fim,”  disse o Rev. Elias Pfungo, pastor da paróquia da Beira.

Beira, é a capital económica da zona centro de Moçambique. É também a cidade que ficou mais devastada com o ciclone Idai que fustigou esta parte da África Austral em 2019.

“Dividir uma paróquia em duas hoje em dia, é um grande orgulho, pois como sabeis, a Igreja é desafiada pelos usos e costume do mundo, que fazem com que o crente relaxe-se da missão incumbida por Jesus Cristo de fazer discípulos,” explicou alegremente Vitorino Pulseira, membro que ficará na antiga congregação.

Nova Comunidade da IMUM em Ninga em frente a sua capela ainda em construção. Foto de Michaque Ali. 
Nova Comunidade da IMUM em Ninga em frente a sua capela ainda em construção. Foto de Michaque Ali.

Um exercício administrativo e estrutural da igreja foi cumprido, mas com isso surgem algumas dificuldades que, com o tempo, requererão cabeças, mãos e pés bem como meios (materiais e financeiros) para a sua solução. Estas, têm a ver com o novo local de louvor e adoração para a paróquia da Beira 2.

“O sucesso da divisão e formação duma nova comunidade, é também acompanhada de desafios no que tange ao alojamento desta nova igreja para o seu devido funcionamento,” explicou Pfungo.

“Assim, urge a edificação de infra-estruturas condignas, aquisição de alguns bens materiais para que Beira 2 exista, funcione com dignidade, estabilidade e segurança, mas isso carece de meios financeiros,” explicou Pfungo.

“A evangelização e educação cristã devem continuar a trabalhar para trazer mais membros à casa do Senhor, para que, de mãos dadas, todos construamos o seu Reino aqui na terra,” concluiuPfungo.

O parecer de muitos crentes era unânime em afirmar que a alegria e sucesso da divisão, vêm acompanhados com mais responsabilidades.

“A missão da divisão está cumprida e regozijo-me por fazer parte desta história,” disse Felisberto Gerente, vice guia leigo da Beira 1.

“Contudo, temos que arregaçar as mangas e responder ao novo chamado de garantir que Beira 2 cresça em todas as vertentes até se tornar independente e sustentável,” concluiu Gerente.

A divisão traz vários benefícios, incluindo o de mobilidade. Pois, havia membros que percorriam longa distância para cultuarem naquele único local.

“Com a divisão e a localização geográfica da Beira 2, o cenário de muitos irmãos vai mudar e melhorar consideravelmente,” disse Nélio Machado, membro da Organização dos Jovens Metodistas Unidos. Segundo ele, ´´muitos membros jamais terão que percorrer longas distâncias com crianças para irem ao local dos cultos.”

Beira 2 já tem terreno aonde vai construir a capela. Neste momento, construiu uma casa tipo 2 que servirá temporariamente de residência pastoral. A construção da capela ainda carece de meios materiais, financeiros e humanos para a sua concretização.

Ainda na Conferência do Norte, “há uma Igreja Metodista Unida que está sendo plantada e a crescer diariamente,” contou-nos Arlindo Jossias Sambo, promotor da plantação desta comunidade Metodista naquela parte do país. 

O projeto se desenvolve precisamente na localidade de Ninga, posto administrativo de Nigomano, distrito de Mueda na província de Cabo Delgado.

“Nigomano tem estado a receber muitas pessoas que fogem dos ataques terroristas provenientes dos distritos de Palma, Mocimboa da Praia e arredores,” disse Sambo, membro da Conferência do Sul de Moçambique, que encontra-se a trabalhar naquele posto administrativo.

“As pessoas aqui precisam de todo o tipo de apoio: material, psicológico, emocional e espiritual. Estando a trabalhar aqui há três meses atrás, e vendo as necessidades da população, respondi localmente à pergunta que diz ´a quem enviarei? Quem irá por nós?',  (Isaías 6:8) dando um passo para frente, e cumprindo também o mandato de Jesus de fazer discípulos de todas as nações, e acredito que Deus me trouxe aqui para o cumprimento dessa missão e propósito,” explicou Sambo.

Embora estejam estacionadas na província de Cabo Delgado a força conjunta da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), de Ruanda e de Moçambique, vive-se ainda na província, um ambiente tenso e inseguro. 

“Quando cheguei aqui, orava sozinho na casa onde estou instalado… depois de ver pessoas naquelas condições, decidi interagir com elas e, na companhia de uma colega do serviço, que me ajuda na tradução do Português para Kiswahili, a coisa pegou fogo,” continuou Sambo.

Nos últimos dois meses, a nova Igreja Metodista Unida de Ninga, começou a construir uma pequena capela com material local onde passam os cultos.

“Temos aqui em Ninga um novo começo de nossas vidas,” disse Michaque Farao Alide, membro da comunidade de Ninga e um jovem com dons de liderança.

“A vida comunitária e espiritual dá-nos uma certa estabilidade. Começamos a conhecer um Deus de amor, protector, provedor e que nos quer bem,” disse Alide, marido e pai de dois filhos.

“Eu tentei fundar uma igreja aqui, mas sem sucesso. Mas através do Sambo, comecei a ver a igreja a nascer. Eu e família fazemos parte desta nova igreja e nos sentimos muito bem,” disse a senhora Elsa João, anciã e membro da comunidade de Ninga.

“A Celine Miguel tem me ajudado muito com as traduções… ela entende muito bem a língua local (Kiswahilli) e o Português, e facilita a comunicação e transmissão da palavra de Deus durante nossos cultos,” afirmou com satisfação o Sambo.

A nova IMU em Ninga, começou com seis pessoas e agora conta com mais de 20 almas. 

“Cada dia, cada domingo o cenário daqueles que vem ao encontro do Senhor é surpreendente e encorajador,” explicou Sambo.

Como uma zona rural que está recebendo deslocados internos de guerra, Ninga e arredores de Nigomano, enfrenta problemas de vária ordem, associados à pobreza, que é característico da sociedade Moçambicana. 

“Há nudez, há fome. Temos falta de posto de saúde condigno, escolas e água potável, apenas para citar algumas das necessidades físicas desta população,” concluiu Sambo.

Contactada, a Revda. Dércia Marrengula, superintendente daquele distrito eclesiástico, afirmou estar a par do que está acontecendo em Ninga com o irmão Sambo, e naquela comunidade.

“O Senhor usa e capacita os seus enviados para levarem a palavra de esperança e de encorajamento aos que muito precisam. Isso nos alegra e damos graças a Deus,” concluiu Marrengula.

Gustavo é comunicador na Conferência de Moçambique Norte.

Sambo é o correspondente lusófono em África para as Noticias da Metodista Unida. Contacto com a imprensa: Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, em newsdesk@umcom.org. Para ler mais notícias da Metodista Unida, inscreva-se nos resumos quinzenais gratuitos.

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